A Essência do Silêncio: O Poeta das Entrelinhas

Em profunda quietude, trago meu fado a declamar,

Sou um ser enigmático, a atimia me encanta a guiar.

Em meu ser abismal, a voz, um sopro tênue, finda,

No vácuo de um silêncio, poeta sou, em alma escondida.

Meus lábios, taciturnos, guardam versos aprisionados,

Pétalas de melancolia, em segredos entrelaçados.

Como um cisne sem canto, mergulho no oceano de ausência,

Na eterna busca por símbolos, encontro refúgio na essência.

Minha voz muda é moldada pelo eco do pensamento,

A emoção aflora, ecoa no coração, sem alento.

Escrevo nas páginas em branco, tinta que dança no ar,

Palavras, mãos trêmulas, poesia a transpirar.

No espaço entre as linhas, revelo meu ser desvairado,

As letras, cúmplices mudas, sustentam meu legado.

Meu olhar, expressão dos versos ocultos no olvido,

Traduz as paixões que, em silêncio, florescem em sentido.

O ritmo ausente, no silêncio se faz presente,

Cada sílaba guardada, ardente, num peito carente.

Perco-me nas entrelinhas, como um labirinto de mistérios,

A alma atímica, num poema, desvenda seus critérios.

Sou o sussurro que se cala, um segredo a se revelar,

No eco do meu ser, o poeta a se eternizar.

Na atimia, um universo de versos ocultos se forma,

Embalado na cadência do silêncio, minha essência se transforma.

Assim, transcendo além das palavras, no vazio encontro plenitude,

No eco da ausência, a poesia floresce, sem magnitude.

Pois na atimia, minha voz encontra na escrita o seu repouso,

E me torno o poeta das entrelinhas, na eternidade do meu verso.

hewie
Enviado por hewie em 08/06/2023
Código do texto: T7808642
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