Longe das mãos
O tempo é sempre o tempo,
Não está em nenhuma mão,
Não é presa de nenhum sonho
E nem de nenhuma emoção.
Nele lança-se asas e penas
Que se muito elevam ou não,
O tempo não volta, é o tempo,
Não está em nenhuma mão.
Nele vidas passam, é o mesmo,
A guardar e a reter segredos
De quem a ele se entregou,
É o limite, não é eterno,
Que leva coisas eternas
De quem muito nele sonhou.