O POETA DO FINALMENTE
Era necessário pois
Que fosse um poeta então
Para anunciar depois
Da bomba enfim, nosso fim.
Quem melhor e mais dramático
Em rimas transcreveria
A inútil epopéia humana
No planeta, sua cova.
A bomba do finalmente
Uniu numa só tragédia
As tragédias solitárias,
E a Terra em nova Pangeia.
O poeta clama aos ventos
De sabores nucleares:
Estou só, eu só e os ares!
Estou pó! Não restam tempos...