SEM SOM

Eu tenho tanto a dizer

Mas não há quem ouça

Minha voz tão rouca

As vezes em silêncios ecoa

As vezes de tão alto, o grito recua

Às vezes, minha língua não se encontra

As vezes os ouvidos não sem importam

Por outras, os olhos declaram

E o brado recôncavo

Reflete de volta à garganta.

As palavras exitam,

Não alçam vôo

Parecem cativas ao sentimento da incompreensão

Não saem em vão

Apenas calam

Apagam se, confundem se

O sim sai um não

Gaguejo aos pesares

Escondo o som.

Silêncio imperado, sem onda nem tom.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 19/05/2023
Código do texto: T7792220
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