LIMITES

Palavra, matéria fugidia

"palavras são palavras...", nos diria

O mestre que encantou os tempos.

Lá fora corre a fúria do vento e leva

Minhas juras, meus lamentos

Os gritos do menino, o adeus que gela.

Seres mutantes, não haverá quem nos defina

Melhor confiar numa pedra, mas como,

Se nem entendemos sua língua?

Por isso, à míngua neste mundo,

Preferimos às vezes as mentiras (douradas de verdade)

Ao silêncio e seu tropéu de nadas.

Nelson Oliveira
Enviado por Nelson Oliveira em 28/11/2005
Reeditado em 21/06/2006
Código do texto: T77809