Cabucetê ou Cabuletê?!
Há tempos não ouço:
"Na tonga da mironga
do cabucetê" ou é rebucetê?"
Só lembro que ouvi pela TV.
Por onde será que anda?...
Àqueles versos safados.
Que me faziam sorrir.
Entrava logo no ritmo.
Na picardia da folia.
Nunca me viam cansado.
Havia era muito gingado...
Misturado a requebrado.
Os bumbuns arrebitados...
Que deixava a gente meio tarado.
Ao ver a mulata das coxas roliças...
Cintura fina de pilão. Grannnde tesão!
Chopinho gelado...cheiro da canabis...
Abraços apertados. Samba solto no pé...
Comendo sarapatel... mingau e feijoada.
Numa feira na Bahia... de madrugada.
À época eu tinha estômago de ema...
Verdadeira britadeira...descia tudo.
O fígado era uma usina de alcool.
Rolava tudo.Vinho.Cerveja. Uísque...
Affê Maria! Bebia como gambá.
Mas não gostava do tal Run Montila.
Mas para beijar as meninas...
O preferido era o gin com tônica.
O beijo saia perfumado.
Mas diziam que broxava.
Pura maldade... o bingolim
Vivia firme...facim.. facim....
Ah! Confesso que sinto saudades...
Das tardes de matinés dançantes...
Dos namoricos... dos bilhetinhos...
De juras de amor eterno trocados.
Olhando pro passado...só guardo...
Boas lembranças...sem lambanças.
Amei! Farreei. Dancei. Me esbaldei.
Na tonga da mironga do cabuletê...
Ou era cabucetê...ah! terminava com tê...
Hildebrando Menezes