Insônia

O sono não faz moradia

No meu eu,

A noite se torna

Um caleidoscópio de memórias.

Horas madrugada noite adentro,

As ideias me incomodam,

As derrotas pesam os neurônios,

Sensações intensas

E arrependimentos

Sobre os últimos dias

Apedrejam o crânio.

Nada de descanso ao corpo

Enquanto a humanidade repousa em paz.

O desejo é que esta selva escura cesse,

Que essa vastidão de releituras dos

Meus atos acabem. Mas não,

Uma, duas, cinco da manhã

E sou enjaulado por indesejadas reflexões.

Na manhã seguinte

Pernas e braços estarão destruídos.

Olhos bem abertos

Em estado de vigília,

A insônia é intensa investigação

Sobre nós mesmos,

O sacudir das certezas,

O não repouso das calejadas pálpebras,

Arqueologia inquieta do passado,

Ceifador dos doces sonhos,

Incomodador dos atos no presente,

Invocação de pensamentos agressivos.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 28/04/2023
Reeditado em 28/04/2023
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