Nascido Poeta

Me perdi nas horas gostosas da vida,

para me reencontrar nas noites frias da solitude,

eu sou poeta, fala da morte e da vida,

falo da melancólia que vaga meu corpo

falo do arroto angústiante que fez parte do meu estômago.

Eu sou poeta em inúmeras vidas,

eu sou poeta em vagarosas mortes,

eu nasci poeta, e agora?

O que fazer com essa missão?

Eu não pedi aos Deuses, me foi dado.

Me achei nas poesias que escrevo e antes que me deito,

falo de amor, amizade, angústia, felicidade, política e tudo que me invade.

Achei dentro de mim um poeta que dormia,

achei aqui dentro um poeta que ama sem condições, isso é um perigo.

Mas fazer o que? Nasci assim, poeta.

Sou poeta de alma e corpo,

primeiro de alma pois carrego esse dom de outras vidas,

segundo de corpo pois ele é meu instrumento do agora.

Sou poeta a cada instante, sou poeta incessante, sou poeta na floresta, sou poeta na primavera, sou poeta nas areias da praia, sou poeta nas ondas do mar, nas quedas das cachoeiras, na direção veicular, sou poeta do meu lar, sou poeta lá.

Pablo Getúlio
Enviado por Pablo Getúlio em 25/04/2023
Reeditado em 25/04/2023
Código do texto: T7772963
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