SOTURNA
SOTURNA
"Num" quase amanhecer
sentada à beira da cama fria
O cigarro que me beija, e o que penso! um vasto martilho.
O vidro da janela e a minha visão turva
Nuvens dos meus umbri'os, vales
O liso mar! os pingos da chuva intensa, ajuntar-se à bater sobre as pedras, triste som entre o cinza
Nublados pensamentos, a desenhar a melancolia, meu penhasco!
Com traços tão precisos como se a morte me viesse abraçar
E uma brisa leve adentrar-se no corpo a tomar-me do vazio.
Lei 9.610/98
Autora(Mara Regina Ferreira)
(©️Causa e efeito)
Poesia: Soturna
25 04 2023
Hás: 05:25
País Brasil RJ