O OUTRO QUE INVENTEI

 

Onde Andas?


Quantas vezes por vingança, fiz do medo segurança, fiz dos sonhos esperança, da alma e corpo valentias. Fiz de conta que era eu, o outro que inventei… Vislumbrei artes e manhas, coisas estranhas, ilusões tamanhas, pequenas ninharias. Coisas sem importância, diria eu, mas nem a mim próprio enganei… Somente me tornei escravo, do tempo que vivi assim e de tudo o que nunca amei… Mas não mais viverei essas ilusórias ilusões, esses tempos idos de um passado ausente, essas vagas recordações, daquele outro escravo demente que inventei.