Tanto Vazio em um Adeus
A solidão cercava seu peito
Como um manto sombrio, estreito
O garoto triste, na escuridão
Buscava alento, em vão
Seus olhos cansados, sem brilho
Refletiam um vazio, um empecilho
A tristeza o consumia dia após dia
Em sua alma, não havia alegria
A dor era constante, opressiva
Nada fazia sentido, era excessiva
A vida parecia um fardo pesado
E ele se sentia tão isolado
Os dias passavam, monótonos
Sem cor, sem luz, sem tons
Seu sorriso minguava, apagado
Seu coração estava destroçado
As palavras não traziam consolo
Seu peito estava cheio de um sólo
Os amigos se afastaram, pouco a pouco
E a tristeza se tornou um louco
Até que um dia, ele se foi
Ninguém notou, nem mesmo a dor
Seu corpo jazia, frio e vazio
A vida lhe fora um desafio
Os olhos fechados, tão serenos
Como se enfim encontrasse os acenos
De um descanso eterno, uma paz
A tristeza havia chegado ao fim, de vez.
Os corações, então, se encheram de dor
Pois a vida do garoto foi um dissabor
Mas ele se foi, para nunca mais voltar
Deixando a lembrança de um fim a lamentar.