Minha confusão
Ouço críticas a minha desordem
me chamam de bagunçado
sequer desejo que concordem
tampouco farei o esperado
Pra quê me impor sua regra?
não caibo na forma alheia da opinião
nem fico em lugar que me desintegra
até parece que serei reduzido a grão
Eu bailo com minha loucura
danço o som dos pensamentos
me recuso a viver nessa ditadura
onde temem os julgamentos
Meu ser até se liquefaz
mas dentro de um copo, vira tempestade
o meu tratado de paz
é escrito nas linhas da liberdade
Em meio a inconsistência
beiro a sandice, e permaneço são
imerso nessa turbulência
vejo ordem, na minha confusão