Substituto

Onde não há significado,

sou eu, o insignificante.

Nas tramas, nos dramas,

nos traumas, nas camas...

aquele que se deixa usar

e é plenamente usado.

O que não se faz de infeliz,

o que serve de costado.

De aparências evasivas,

quando ninguém se apresenta,

sou das frases conclusivas,

nas evidências que transparecem,

nos contatos que desaparecem,

na razão que nunca se sustenta:

o de menos, na linha de escolhas,

quando o demais se ausenta.

ORLANDO MONTEVERDE
Enviado por ORLANDO MONTEVERDE em 08/04/2023
Reeditado em 06/09/2024
Código do texto: T7758978
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