Substituto
Onde não há significado,
sou eu, o insignificante.
Nas tramas, nos dramas,
nos traumas, nas camas...
aquele que se deixa usar
e é plenamente usado.
O que não se faz de infeliz,
o que serve de costado.
De aparências evasivas,
quando ninguém se apresenta,
sou das frases conclusivas,
nas evidências que transparecem,
nos contatos que desaparecem,
na razão que nunca se sustenta:
o de menos, na linha de escolhas,
quando o demais se ausenta.