Roteiros de Soledade
Meu coração bate em convulsão,
descompassado por emoções ferrenhas,
na solidão, melodias sombrias ressoam.
Uma valsa se esculpe em mim,
dançando ao compasso das minhas aflições,
e enquanto canto, ela se esvai
na poesia que nutre meu sofrimento.
Minha escrita é vibrante e rubra,
como uma ferida que jamais se fecha,
agora é o sangue que flui nas artérias aflitas,
perdendo sua vitalidade.
O verbo "amar" é entoado em meus versos,
mas não traz paz à minha saudade.
A vida é um eco que me atormenta,
enquanto a felicidade é surdez e cegueira.
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Giovanni Pelluzzi