Repente

Apareceu! De repente...

Um poema. Sempre!

Não resisti... repeti

Coloquei-me a repicá-lo

invocando vocábulos

Impulsionado! Quis poemá-lo

Graça?! Farra pura!

Quis homenageá-la...

Construindo versos. Amplexos!

De amor complexo

Mas verdadeiro, Inteiro!

Retirados das entranhas

Escrevi com meu sangue

Poeticando imperfeito

Do mais que profundo

dos meus sentimentos

Costruí quimeras, esperas

desobstrui artérias

Ligado no sub-mundo poético

Escrevi meus versos

Fracos. Confesso!

Mero aprendiz de poeta.

Puto. Pecador inconfesso!

Miserável. Mendigo! Confesso!

Entre os nobres. Intelectos!

Palmilhando os acasos

Tornei-me falsário de versos

Um canalha poético!

Prostituto! Transverso!

Grito ao mundo. Quem não é?!

Ladrão de sentimentos poéticos?

Quem não se inspira na brisa, no vento?

Hipócritas! Não se escondam...

Mostrem! Abram suas comportas...

ainda há tempo! Este é o momento!

Choveu na minha horta! Agora!

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 12/12/2007
Código do texto: T775455