Letras sobre o papel

Ir contra a maré e o vento

Contra a cura e o veneno

Ir longe mesmo que lento

Sentir a brisa e até sereno

Tatuar letras sobre o papel

Sobre a pele um leve lençol

Um jornal, nomes em um rol

Um café quente, e um pastel

O tempo guardado no relógio

No rosto frágil, e no hálito frio

Ir sem uma vaidade, sem elogio

No espelho os olhos e um vazio.