Malícia

Tão matreira, aqui dentro, a poesia,

Que - manhosa - desarruma o verso.

Transpõe a rima e se delicia,

Põe à mostra, do escrito, o inverso.

Na entrelinha da linha seguida,

Fere e atinge, qual ponta de lança.

Faz sangrar toda dor dessa vida,

Reavivando, no ritmo, a dança.

Com malícia, meus sonhos realiza

E inocente se faz nessa meta.

Qual vento quente e uma doce brisa,

Ela encanta e seduz o poeta.

Magmah
Enviado por Magmah em 11/12/2007
Reeditado em 11/12/2007
Código do texto: T773296
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.