NADA FAZ SENTIDO 

Meu território sou eu.

Ainda que eu queira expandi-lo

E encontrar outros caminhos

Noutros corpos vizinhos,

Permaneço só,

Em mim.

O dia nasceu,

O sol se arrastou pelo piso da sala

Silenciosamente comeu o dia.

Antes do breu chegar, saímos.

Levei meu território para o campo aberto,

A sós ficamos ouvindo o eco das entranhas.

Nada faz sentido. Nada traz abrigo. Nada.

Nada mais me aflige. Finjo.

Abraço o silêncio e choro,

Enquanto os pássaros gorjeiam em coro.

 

 

Adelaide Paula
Enviado por Adelaide Paula em 05/03/2023
Reeditado em 06/06/2024
Código do texto: T7732932
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