Silêncio na avenida
O que houve lá, que não ouço aqui?
Não é batucada, e nem um frenesi
Até esqueci, quero apenas dormir
Acordar amanhã, e séria, sem rir
Esquecer que o poeta não desfilou
Não teve fantasia, nem brilho, nada
O silêncio, na avenida se confirmou
A alma segue e continua na jornada
Não importa em qual escola desfila
Destila um coração que se agita, fita
O céu de madrugada, e a Lua nova...
Olha o poeta, de seus versos, prova
Gosto, ora amargo, ora doce, sabor...
Acre, sintético, adoçante, espessante
Diante do duvidoso, percebeu a dor...
Em cada linha, uma letra angustiante.