Sangrando a conta gotas
Tenho feridas abertas.
A carne exposta.
Como na feira,
Como os ambulantes,
Que vendem pedaços,
Vísceras, membros,
Tudo exposto.
Tenho mágoas contidas
Como a barragem do rio,
A ponte que cobre
E dá passagem,
Apesar dos pesares,
E dos mares.
Tenho medos hostis,
Escondidos nos jardins,
Entre plantas carnívoras
Que devoram insetos.
Tenho jardins imensos de:
Não sei o que dizer
Não sei o que sentir
Não tenha como partir!
Rosilovato