ALFORGE DA ALMA
Não há sossego nos dias inssossos
A alma se desloca
Por terrenos abandonados
Dentro de si mesma
Não se socorre
Quando decide saltar sobre seu anseio
Não baila com a alegria
Quando esquece seu ritmo
Não assobia com o vento
Pois trancou sua janela principal
Sorte que junto a ela ainda carrega seu alforge
Que a atrai para seu universo próprio
De onde subtrai o que sempre lhe foi inerente