RUMO 💠
Coitados dos andarilhos
Que buscam o alvorecer
Nada nas costas e sozinhos
Almejam aquilo que não sabem
Mas aprenderam a sonhar encantos
Nessa estrada, às suas margens
Não é nosso caminho
O destino de muitos
Que fazem do amor, a vida
Pois mesmo na morte, conseguem
E ao amor ressucitam
Na fraqueza, se fazem de fortes
Se antes, vigorosos
Caminham a beira do abismo
Hipnotizados e em ritmo
De amarem e se fazerem amados
Ai de nós, incompletos e distintos
Na multidão de sonhadores
Num momento possessos
No outro dominadores
E num olhar as palavras do que ia dizer e o que sinto
A sensação de paz do vale
O rarefeito ar dos cumes
E descoberta das ausências preenchidas
A alma que só se satisfez por um momento efêmero
E busca o inalcançavel
O encontro é a própria busca
E vou atrás sem perguntar por nada
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