NOTURNA

De amar e ser cativa

Me, morbidez amorfa

E a fluidez me aniquila

Ser como a água

Não sólida

Livre em sonhos

Alma presa

Mas a flana que alimenta

Voracidade ilógica

Invadem as dimensões

Ilusões infundem sorte

Cada insensatez que cometia

Me fazia amar o ser que eu via

Um dia desejei ser oceano índigo

Não pacífica

Mas dor em mim mesma

O fracasso desse sonho me prendeu

E acontecia um turbilhão de arremetidas

E no abrupto aconteceu

Eu

Dessas ondas

As vagas voltam

Se despejam mornas

Cada pedaço transforma

De mulher pra noite

Até que eu me amanheça assim

Solicitude de ser nauta em mim

Me afronta

Alana Linton
Enviado por Alana Linton em 07/01/2023
Reeditado em 07/01/2023
Código do texto: T7689001
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