NOTURNA
De amar e ser cativa
Me, morbidez amorfa
E a fluidez me aniquila
Ser como a água
Não sólida
Livre em sonhos
Alma presa
Mas a flana que alimenta
Voracidade ilógica
Invadem as dimensões
Ilusões infundem sorte
Cada insensatez que cometia
Me fazia amar o ser que eu via
Um dia desejei ser oceano índigo
Não pacífica
Mas dor em mim mesma
O fracasso desse sonho me prendeu
E acontecia um turbilhão de arremetidas
E no abrupto aconteceu
Eu
Dessas ondas
As vagas voltam
Se despejam mornas
Cada pedaço transforma
De mulher pra noite
Até que eu me amanheça assim
Solicitude de ser nauta em mim
Me afronta