Diante de uma irremediável consequência
Que mistura o que virá e o que passou
Relembrando os fatos com eloquência
E desejar viver o que não chegou
O fato é que independente do que há
Processaremos, enfim, o que ficou
Ao planejar aquilo que virá
Revivemos desejos do que restou
Parece então que ao recomeçar
Revisitamos os passados equidistantes
Entre o presente e o que acontecerá
Tão novo quanto o que houve antes
Mas a esperança brota e logo se apresenta
Na sublime missão de a vida, renovar
E mesmo quando o antigo se reinventa
Haverá sempre um motivo a se aguardar