CAFÉ AMARGO
Hoje o café desceu amargo, não sentir aquele aroma pelas minhas narinas, não sentir o sabor dos grãos moídos, hoje desceu amargo , empurrando aquele nó na garganta.
O sono da noite passada de inverno não foi dos melhores, não foi aquele gostinho gostoso de ficar entre as cobertas e ouvir a chuva fria cair lá fora e o barulhinho no telhado que faz embalar .
O dia foi apenas comum, onde no passar de carros e na corrida contra o tempo nos avisam que as festas estão vindo e que os dias de celebrar nos dão esperança de que tudo pode mudar, até mesmo pra uma segunda-feira.
Hoje apenas mergulho nos fluxos pensantes de minha alma, já deixei de acreditar nos porquês da vida, e passei a acreditar nos para quês dela.
Imaginei uma cena ilária, uma comédia onde posso ver um anjo que me rodeia e que me impede de seguir um lindo romance, pois ele esta do outro lado e tem inveja por eu estar aqui deste outro lado e não carregar pesadas asas.
Mau sabe lindo anjo que eu que tenho inveja de você, estás no céu onde tudo podes vê, as idas e vindas de nós meros humanos que não sabemos se andamos em círculos ou em labirintos gigantes.
Anjo será que me amas? as vezes a amores de imortais e mortais, acontece muito nas antigas cantigas, mas ainda sinto esse café amargo na manhã de inverno, esse novembro ainda é apertado, ainda não mudou, o ano só mudou, mas as fases na alma ainda são as mesmas, e as duvida? há !essas são constantes, mas talvez o açúcar que coloquei nesse café tenha sido errado, por isso ele ainda está tão amargo.