Engano...
Apenas a pena respira
saltitante, apressada e nervosa,
em arabescos Art Nouveau mal desenhados,
como um bêbado em final de prosa -
e de tudo todo prosa, entretanto.
Levita e tomba, cai levanta,
alça voo, alcança, cansa,
pensa um conto, cantata, serenata...
Nada...
Seca... Engasga.
Sem pranto, se larga num escuro canto.
Acreditava-se ser, do dom da palavra, inata...
*
Imagem: Google (Editada)