Reverberar sobre os ponteiros

Um toque

Do seu dedo

Ou até mesmo

Uma lágrima

Poderiam cair

Sobre as águas

Ondas pequenas

Porém constantes

Emergem do centro

E passeiam por água

Terra

E ar

As flutuações da água

Passaram por uma intrépida

Metamorfose

Estremeceram as camadas de terra

Tornando-as mais fortes

Endurecidas

Palpáveis

Perceptíveis

Incômodo

Preocupação

Ruminação

Chame do que você quiser

Não era mais uma coisa

Passível de esquecimento

Por fim, as vibrações atigiram

O ar dentro do ecossistema

Cada deslocamento, cada movimento

Vestido em vento

Voraz e verde como rebento

Em tempo, enraivece

E até mesmo

Convalesce

Puxa teu ar

Encurta o respirar

Hipnotiza seu pensar

E faz o contato

Reverberar

Caminhar sobre o ponteiro

Preso em chuleio

Rodar do segundo

Gotejar mais fundo

A cada minuto

Intervalo entre pensamentos

Mais diminuto

A volta em uma hora

Desabrochar da flora

Expulsa engrenagem

De outrora

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 12/11/2022
Código do texto: T7648137
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