Não quero sentir minhas raivas, mas, muitas vezes, sinto
Não quero sentir minhas raivas, mas, muitas vezes, sinto
Por mais que tente ser positiva quiçá luminosa
Usar do pouco da juventude que ainda me resta para fazer o que me faz feliz
Muitas vezes, minhas raivas eu fico a sentir
É inevitável...
Pode ser orgânico
Pode ser de noites mal dormidas
Pode ser da minha intolerância a tantas coisas que me desagradam
Que são muitas,
Não vou mentir
O trânsito que não anda
Pessoas invasivas, folgadas, enfim...
Muitas vezes, desrespeitosas e sem noção
A chuva torrencial na hora de transitar na rua
Certa indiferença por aí
Tudo o que, de alguma forma, fica a profundamente me ferir
Ah, haja paciência, mas...
Haja vontade de brigar
Haja vontade de gritar
Haja vontade de modificar o imodificável
Haja vontade de sumir
No entanto, quando isso me acomete
Tento não perder as estribeiras
E vou dançar, vou cantar
Vou poetisar
E timidamente fico a sorrir
Afinal, a vida não é somente feita de coisas chatos
Não é mesmo??
Portanto, o jeito é tentar ver o lado positivo de tudo
Afinal, até a mais angustiante sombra tem sua beleza
Que devemos estar receptivos para curtir
Enfim, que possamos lidar com a nossa raiva da melhor forma possível
Não negando a mesma
Mas, transformando-a
Para que coisas belas
E revolucionárias possamos construir