Essência
Ouvi uma vez que cada um de nós é um universo
Pensei então que minha imensidão estava gravada em mármore
Me enganei.
Descobri que estamos além do definitivo
Está perfeitamente claro
O âmago é um eterno devir.
Até que eu respire o último suspiro
Sei que não permanecerei constante
Agora o meu propósito mudou
Devo eu encontrar outro?
Tudo que me resta é uma estranha lembrança e as gotas de minha essência
Que correm o meu sangue pulsante pela eternidade
Talvez eu não quisesse que as coisas ficassem abstratas
Mas que escolha tenho?
Penso que a natureza que carregava ainda está viva em mim, para mim
Ainda ressoa com algo totalmente presente
Como se um coração roubado de uma história de homero ainda pulsasse sob o antigo pavimento de ardósia
Eu não me perdi.
Acredite em mim, os rios foram feitos para fluir
Estar onde estou, parece certo
Sustento meu olhar no presente e meu coração no passado
E assino, verdadeiramente, a minha essência.