Essência

Ouvi uma vez que cada um de nós é um universo

Pensei então que minha imensidão estava gravada em mármore

Me enganei.

Descobri que estamos além do definitivo

Está perfeitamente claro

O âmago é um eterno devir.

Até que eu respire o último suspiro

Sei que não permanecerei constante

Agora o meu propósito mudou

Devo eu encontrar outro?

Tudo que me resta é uma estranha lembrança e as gotas de minha essência

Que correm o meu sangue pulsante pela eternidade

Talvez eu não quisesse que as coisas ficassem abstratas

Mas que escolha tenho?

Penso que a natureza que carregava ainda está viva em mim, para mim

Ainda ressoa com algo totalmente presente

Como se um coração roubado de uma história de homero ainda pulsasse sob o antigo pavimento de ardósia

Eu não me perdi.

Acredite em mim, os rios foram feitos para fluir

Estar onde estou, parece certo

Sustento meu olhar no presente e meu coração no passado

E assino, verdadeiramente, a minha essência.

Dulce Vitória Moura
Enviado por Dulce Vitória Moura em 03/11/2022
Código do texto: T7641697
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