Epílogo
Já vivi o suficiente
Tive tudo num lampejo
Com o sabor de um beijo
Já amei tão bruscamente
No suor inconseqüente
De quem vive por querer
Fui errante sem destino
Dormi de porta aberta
Vaguei em rua deserta
Coloquei tudo num ensejo
Busquei amor, paz, desejo.
E profunda inspiração
No mundo fui à semente
Que queria ser plantada
Sem pedir em troca nada
Naveguei mares tamanhos
Sem nunca julgar estranhos
Nem a vida que levavam
Com riso em mesa farta
Bebi alegrias e certezas
Se o amigo nas tristezas
Levar tudo isso a serio
Será um grande mistério
O que tenho a dizer
Fui coveiro de agruras
Nasci com muita alegria
Tive tudo que queria
Com amigos ao meu lado
Nunca vivi assustado
Não tive receio de nada
Na vida o maior segredo
É ser jovem de espírito
Viver sem nenhum conflito
Deixar pra lá os receios
O fim não justifica os meios
Pois todo começo tem fim