Rosa dos Ventos
Despertei com o dia ainda claro
doce aurora manhã, orvalhosas
de lá do convés da embarcação
avistei brotar versos e prosas…
Então ouço o som das ondosas
e garrafas de náufragos, ciosas
entre as águas-vivas vagarosas
rosa-dos-ventos, ventos e rosas...
O brilho do sol, as vistas vistosas
a cada milha, o cume das grotas
sobre a quilha, cela dos azimutes
mares, brisas, briseldas formosas...
Caiu a tarde, uma tarde sombrosa
o coração é navegante nas prosas
ninfas, parfum, sonetos dos clarins
glosas, viçosas, o quão amorosas...
Emergiu de mim a cidade luminosa
de dentro daquelas águas gasosas
exalava-se pétalas, corais de azuis
sob enlaces de fitas cor-de-rosa...
Humberto de Campos
Escritor e Poeta
@humbertodecampos11