Somos como os vulcões
Somos como os vulcões ativos e adormecidos pelo mundo.
São pequenas e grandes as crateras que trazemos no peito.
Alguns de nós ainda sentimos o corpo aquecido com o correr da lava, e colocamos para fora tudo o que temos vontade.
Ninguém pode nos deter e a nossa vontade própria e determinação são vistos como um grande espetáculo por quem percebe a colossal força que tínhamos reservada em nós, e que agora está visível a todos os que duvidavam.
Enquanto outros... bem... já desistiram há tempos de deixar fluir seja lá o que traziam em seu âmago. Entregaram-se às desestabilidades e já não se importam mais com o que são por dentro.
Viraram paisagens, entregues às matas, as florestas, aos desejos que a natureza resolveu ter para eles.
Estão lá, mas ausentes de vontade própria.
Somos todos como os vulcões, ativos e inativos, existindo ou extintos.
Mas ninguém sabe contar as horas de um vulcão.
Hoje, tudo bem, amanhã, não sabemos...
Até os vulcões dorminhocos podem acordar de repente, e o extinto, com muito esforço de todas as engrenagens a sua volta, podem se lembrar da própria força e resolver mais uma vez deixar o seu interior sentir alguma coisa outra que não seja o vazio...
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