Arte

Quisera eu compor a aquarela de teus quadros.

Numa brancura do pó de ossos ao carmesim coágulo.

Descola a cola dos tendões e cola a imagem.

Amarronzado relevo de relvas silvestres.

Verde bílis escorrem musgos fluorescentes à margem.

Uma fome que urge rejeitando a carne.

Devorando nesse ritual tua viva arte.

Francisco Grandiel
Enviado por Francisco Grandiel em 27/09/2022
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