A Praia
A Praia
Caminhada segue por areias quentes
Que parecem devorar meus pés
Ofuscam meus olhos cerrados
Esse forte brilho reluzente
Que do mar provem...
Contrasta toda sua grande fúria em cor
Enamorando o azul com verde
Se arremessando sobre esse colar de areias brancas
Feliz és o mar que podes se abraçar
Com essa praia perfeita, feita a o orlar
Brinca com meu corpo o sol ardente
Sinto a sutileza da brisa do mar
Meus pés já queimam...
Quem liga se queimar?
Vou caminhado de olhos fechados pro mundo
Esquecendo da vida que passa lá longe
Fora da minha alma longe da areia
Que és suavemente branca as vezes com pedriscos
Que me arrebatam pela dor de me machucar os pés
Nem me irrito acho que meu espirito fugiu de mim
Me abandonara ali sozinho com a paz
As vezes quebrada pelo barulho das ondas tentando beijar as pedras
Chorando o mar com sua espuma sobre a areia da praia
Sempre achara que mar namora a praia com paixão
Pois tentam o tempo todo se abraçarem, mas por desfortúnio de ambos tendem a se separar
Contudo sem nunca desistir de se amar
Eu ali preenchido pela solidão que habita a multidão de meus pensamentos
Lutando pelo direito de nada pensar esvaziar a fonte do meu saber
Ser como um barco a deriva levado a todo lugar sem sair de lugar algum
Apenas no oceano contido em meu ser esse mar de duvidas onde afogo minha certezas e incertezas
Eu não paro de andar por todos os meus dias nessa imensa praia chamada vida onde há dias sem sol e noites sem luar contudo irei prosseguir sem saber aonde ir e sem presa de chegar,
Eu só não queria existir em mim, ser parte integrante de tudo isso ou quiçá um grão de areia ou uma gota desse oceano, não mais eu e sim parte de um todo sem a necessidade de ser ou existir...
Pois o partir és a busca por viver e a chegada és o abandono da aflição da vida.
Eu sou só pensamentos...
Ricardo Do Lago Matos