NO CANTO DA ALMA....
Mordo a caneta,
no canto da boca.
Planeta inteiro,na bola
de papel que eu amasso.
A caneta contempla o momento,
e morde-me por dentro a vontade.
Salvo rascunhos apavorados.
Mudo os meus rumos enluarados.
E o branco desorienta-me a face
molhada...
E o título por vezes chega,sem dizer
nada...
Mordo o poema,
no canto da alma.
E o planeta,no papel
amassado...
Vira cometa,
Arremessado.
E eu continuo mordendo
vontades, no canto da lua...