NO CANTO DA ALMA....

Mordo a caneta,

no canto da boca.

Planeta inteiro,na bola

de papel que eu amasso.

A caneta contempla o momento,

e morde-me por dentro a vontade.

Salvo rascunhos apavorados.

Mudo os meus rumos enluarados.

E o branco desorienta-me a face

molhada...

E o título por vezes chega,sem dizer

nada...

Mordo o poema,

no canto da alma.

E o planeta,no papel

amassado...

Vira cometa,

Arremessado.

E eu continuo mordendo

vontades, no canto da lua...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 01/12/2007
Código do texto: T760665
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