De nada pra lugar nenhum: um pouco de mim
Já fui viciada em desamor, acredita?
eu não entendo mas Freud explica.
Quando criança eu só precisei ser forte,
alguns diziam que eu tive muita sorte.
Por não ter caído nesse mundo e andado sem direção
falaram isso pra mim ainda criança, mas quem me estendeu a mão?
Algumas pessoas me acolheram com uma lareira sem calor,
"Como uma criança vai entender de amor?"
Eu fui pro mundo como haviam falado,
Mas a sorte e uma luz estavam do meu lado.
Eu nunca andei só nessa vida,
Sei disso porque eu e minha escrita que curamos intensas feridas.
Na solidão eu dei voz ao meu inconsciente,
ele me lembra de algumas coisas boas e outras intensamente deprimentes.
Mas, eu abraço minhas dores e danço com minhas desgraças
nessa vida só o amor é de graça.
Do vendaval me restou pouca coisa, quase nada,
o bastante para eu sobreviver, meu pai já tinha aquela fala..
"Nessa vida não carregamos nossas riquezas, o amor é a única e verdadeira beleza"
Assim me esquivei de algumas tristezas...
Sigo acreditando que a vida é uma viagem,
estamos aqui rapidamente de passagem.
Ultimamente tenho tido todo o tempo do mundo,
nesse tempo eu quero mergulhar cada vez mais profundo.
Conhecer e ouvir dores de pessoas aleatórias,
fazer desses aprendizados mapas para ajudar na minha trajetória.
Viajar por esse famoso mundo sem mesmo sair do lugar,
dar voz a alma da minha poetiza que me faz escrever e respirar..