LIBERDADE

Queria falar de liberdade,

Mas não dessa liberdade promíscua;

Queria a liberdade-felicidade

Que tem limites e vantagens.

Queria a liberdade civil do ser

Incondicionada, sem o jugo da dor,

A liberdade não confundida

Com a morte, em nome do amor.

Desde que o Brasil foi descoberto

Essa liberdade se esconde entre grilhões.

A liberdade seria, decerto,

Um grito forte de luta e de perdões.

Não seria preciso desfraldar bandeiras

Nem, em vão, deflagrar a guerra.

Mas, sim, destruir barreiras

E dar trégua à demarcação da terra.

Liberdade seria dar guinadas e trampolins

E desfazer os pensamentos jurássicos,

Seria acabar com a alienação e os motins

E tirar o país do “buraco”.

Liberdade seria, talvez,

Cortar o mal pela raiz.

Ser um paisano, despir a tez,

Ouvir a canção de protesto e pedir bis.

Liberdade seria, enfim, nos livrar da Dívida Externa,

Pois liberdade é desenvolvimento, decência.

É andar com as próprias pernas

Afinal, liberdade é independência.

(Editado no Jornal Mundo Jovem, PUCRS, em 1996)

Francisco Ohannah Oleanna Osannah Galdino
Enviado por Francisco Ohannah Oleanna Osannah Galdino em 08/09/2022
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