de pulgas e cupins
quero ter o teu abraço
não o abraço do ricaço
mas o abraço do amigo
pode crer no que te digo
muito pouco do que faço
tem a ver com esse laço
que preserva o inimigo
em função do estardalhaço
ou do chumaço de valores
que o cara tem no banco
seja ele preto ou branco
ou o próprio negro-aço
o que importa é o maço
de suas notas na carteira
e não se ele a vida inteira
não passou de um palhaço
que viveu embevecido
pelo raio, no compasso,
que alcançou sua riqueza
denotando até cansaço
pois tornou-se na avareza
que implica no castigo
feio como o espinhaço
de achar que a gente leva
tudo o que temos com a gente
mas não se desoriente
e não ligue pro que digo
ou não corra o perigo
de fazer o que eu faço
Rio, 11/05/2007