Tudo nosso!
Nada que escrevo é meu
É uma confissão que eu faço
Tudo foi o universo quem deu
Eu só desenhei com meu compasso
Tudo o que pintei nessas cores
Foi usando as suas tintas
Como num jardim de flores
Umas feias e outras bonitas
Veja aqui meu desalinho
E meus versos bagunçados
Usando um pergaminho
Que tá na minha mente encrustado
Coisas que vem sem sentido
Coisas que me dão verdades
Na letra tudo é permitido
Não me me permito ter vaidades
Sou um homem tão comum
Um pobre de pés no chão
Sem ter mais sonho algum
Só sigo na minha missão
Correndo pra sobreviver
Vivendo conforme vai dando
Não conjugo o verbo ter
Pois estou sempre me doando.