Tudo nosso!

Nada que escrevo é meu

É uma confissão que eu faço

Tudo foi o universo quem deu

Eu só desenhei com meu compasso

Tudo o que pintei nessas cores

Foi usando as suas tintas

Como num jardim de flores

Umas feias e outras bonitas

Veja aqui meu desalinho

E meus versos bagunçados

Usando um pergaminho

Que tá na minha mente encrustado

Coisas que vem sem sentido

Coisas que me dão verdades

Na letra tudo é permitido

Não me me permito ter vaidades

Sou um homem tão comum

Um pobre de pés no chão

Sem ter mais sonho algum

Só sigo na minha missão

Correndo pra sobreviver

Vivendo conforme vai dando

Não conjugo o verbo ter

Pois estou sempre me doando.

Poemicida
Enviado por Poemicida em 30/07/2022
Código do texto: T7571185
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