Vasto mundo
Ser poeta nunca foi o maior desejo do homem
Nem mesmo compor a tal sinfonia
Era uma dor que feito ferida ardia
Talvez velejar os tais mares o preenchia
Ser homem nunca foi o desejo daquele poeta
Ele se contentaria em uma forma astral
Sem os males carregados pelas emoções
Ou as doenças de seu corpo que tanto o fazem mal
O ser humano pode ser poético quando o complica
Feito o autor em estreia de sua última melodia
Aposentar-se na poltrona num dia de domingo
Ou contentar-se com o vazio de sua existência
O poeta humano que observa o horizonte
Com aquele sereno e falta de companhia
Senta ao chão e se conforta com sua reflexão
Que ele assim como o mundo também é vasto...