Era. Não é.

Era. Não é.

Castigo? Pudera!

Já vivi o castigo do não ser

Porque a imagem não era refletida

Em cores e ao vivo

Porque não bastava ser carinho,

Ser ternura e abrigo

Não bastava.

O que era de mim se foi.

Eu entreguei,

Com tanta singeleza,

Com tanta naturalidade...

De que vale o ser

Se o materialismo aí também se mostra

Perverso na supremacia da forma

Da aparência

Que até no amor impregna a sua essência dura

E não se fia no que sente

Mas no que vê!

São Tomés pós-modernos

Não reconhecem os sinais da beleza

Com os olhos da alma

Ainda que vissem, não acreditariam,

Seria preciso tocar e medir!

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 28/11/2007
Reeditado em 28/11/2007
Código do texto: T756042