Era. Não é.
Era. Não é.
Castigo? Pudera!
Já vivi o castigo do não ser
Porque a imagem não era refletida
Em cores e ao vivo
Porque não bastava ser carinho,
Ser ternura e abrigo
Não bastava.
O que era de mim se foi.
Eu entreguei,
Com tanta singeleza,
Com tanta naturalidade...
De que vale o ser
Se o materialismo aí também se mostra
Perverso na supremacia da forma
Da aparência
Que até no amor impregna a sua essência dura
E não se fia no que sente
Mas no que vê!
São Tomés pós-modernos
Não reconhecem os sinais da beleza
Com os olhos da alma
Ainda que vissem, não acreditariam,
Seria preciso tocar e medir!