O invisível...

Manhãs automáticas e contínuas

Que passam sem que sejam percebidas

É ousadia dizer que é harmonizado?

Ah! Que ironia...

Harmonia onde a paz não se encontra

E tudo que deparamos são repetições

Onde o suspirar pesado se faz presente

E o sorriso cada vez mais ausente

Junto com a alma

Que se esvai um pouco mais

Cada vez mais agonizante

Em busca de algum contentamento

Então voltamos...

As manhãs sempre iguais

Com as configurações pré-estabelecidas

Mas ainda inconscientemente desconhecidas

Voltemos ao padrão cômodo

O levantar metódico e ritualizado

Sim... Voltemos aos espinhos invisíveis

Que penetram a carne

E nos fazem chorar feito criança

Mas tudo bem sejamos iguais

Mesmo que isso nos corroa internamente

E o sorriso falso se faça presente

Se isso satisfaz algumas pessoas

É assim que tem que ser

Pessoas quebradas porém contínuas

Em manhãs infinitamente iguais

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 08/07/2022
Código do texto: T7555315
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