Brincando com o tempo e o vento

Por que tem prazer no encanto, menina,

Quando olhas dessa maneira?

É verdade que tens as águas por teu reino,

Entre o Negro e o Solimões.

Mas esses teus sorrisos e olhares,

Arrancam o ar dos meus pulmões.

Como se no fundo dos teus olhos

Existisse o encontro de todos os mares,

E Nzazi me trouxesse todos os manjares

Que Thêmis negou a Palmares.

Indígena de olhar Kamakã,

Reflete em mim um descanso Congolês.

O brilho de uma joia rara,

Que é mais escura do que clara,

Como o calor da pele que exala,

Calor do Saara, samba de Angola,

Paralisado pelo teu sorriso,

Nu, menino, homem, caiçara…

Que brinca com o tempo e o vento!

Antonio Leandro Fagundes Sarno
Enviado por Antonio Leandro Fagundes Sarno em 27/06/2022
Reeditado em 22/07/2024
Código do texto: T7547237
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