Silente
Sem ter que o gritar
Queria muito poder
Falar de paixão.
Queria
Apenas
Não mais ter de ocultar
Um sentimento que
A penas
Me traz pela mão
E assim
Não me deixa
Deixar de amar
Ou viver
Em dilecção.
Refugio-me e anuncio
Que ainda que
Da vida
Muito haja que eu silencie
Há ruído em todo o viver
Eternizando a paixão
Com o troar do calado trovão
Com que a vida põe termo
A qualquer tormento
Levado
Também
Pela mão.