A ÚLTIMA CHANCE
Carregou nos lábios o amargo da vida
Desfrutando a luz da existência
Sem perceber que a chama fugia lentamente
Sem perceber que aquilo que passa, passa
Era penoso o caminho
E dilacerava o coração perder a esperança
Não viu o amor
A neblina da dor sufocou o belo
O belo, o sublime e o divino estão ocultos
Só podem ser vistos pelas lentes da coragem
Quem carrega a cruz, carrega a culpa
Culpa não existe, então carrega sombra
Sombra não existe, então pensa que carrega
Preso pela mente
Deixou acabar o belo, o sublime e o divino
Se perdeu, tentando encontrar o sentido
Sentido que só existe se não procurar
Encontrou num poema sem cores, sem brilho
A última chance