Pintura

A lua brilhando no céu,

Faz meu pensamento parir.

Quando louca, dança sem véu

Eu sinto uma saudade puta do mar…

Qual o teu segredo, lua?

Quem te desenhou do mundo das formas?

Platão profetizou teu brilho

Então me responda…

Qual a graça em observar o mundo?

Em ver o vômito de Chronos

E se indignar com Nzazi diante das injustiças.

Guarda o meu coração de irmã,

Para que dele brote filha.

E me fale por dialética,

Mas me mande por Hermes

A mesma flor e o mesmo odor

Ao jardim do meu quintal.

Diga à pintura onde o mar está

Que ainda sinto o meu pé na areia

Mesmo andando, apressado, urbano…

Ainda me acalmo com o som do mar.

Antonio Leandro Fagundes Sarno
Enviado por Antonio Leandro Fagundes Sarno em 18/06/2022
Reeditado em 28/07/2024
Código do texto: T7540072
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