113°
O poema é uma lastima
Uma lagrima que banha o rosto
O poeta vive chorando
Sua vida é uma eterna poesia
Dentro da mortal existência
O poeta brinca com os versos
Inventa palavras o tempo todo
Sua melancolia é o universo desfeito
Ele destrói a pangeia de sentimentos
Ele percorre os caminhos sombrios
No canto da sala um livro perdido
De um poeta que buscou carinho
Lastimoso enganador de versos
Fez o inverso para ser feliz
Colheu o que nunca plantou
Escreveu o que não publicou
Fez o poema triste para vender sorrisos
Sua poesia é um ato do que não existe
Seu maior erro foi crer no amor
Sendo ele um exímio ateu.
Otreblig Solrac - O poeta burro