ENTRE O BEM E O MAL
O coração irado vocifera
Sobre o viés da vida interpõe-se taciturno
Errante
Bate sem deixar rastros
Sem eco no espaço
Apenas sangue e tum-tum
Espalha nas veias uma ausência
De compasso incessante
Deserto solitário
Coração é terra que ninguém pisa
Só semeia
Terra que ninguém vai
Mesmo assim é terra habitada
Tantas pegadas nesse chão
Pegadas coaguladas
Pegadas marcadas com ferro em brasa
Pegadas de máscaras disfarçadas
Pegadas e mais pegadas
Brilho e escuridão
O bem e o mal
Dois extremos do mesmo rival
Qual a distância a se percorrer na caminhada?
Onde começa e termina essa estrada?
Alguém recebe a cartada final...
Um conhecido ou desconhecido parceiro de crimes?
Qual é o seu álibi?
Fidedigno vilão...
Quem te reconhecerá é dará crédito a tua índole?
Quem te redimirá da tua condição??
A quem recorrerás?
Um amigo
Um bandido, talvez...
Quem te conhecerá??
25/05/2022
18:16hrs