ELA DEVANEIA

Por onde andei?

Não sei!

Sei que aqui estou

No deserto donde me achou

Submersa em devaneios

Eu me via

Me sentia

Com um nada

Você me olhou

Sorriu

Disse-me obrigada

Por existir

Aí de mim!

Não sou nada assim!

Sou nascido fora do esteio

Feito bicho

sem guarido

largado no caminho

Forte mossa

Frágil moça

Que se olha no espelho

E que só vê o devaneio

De algo que sonhou

Viver

E passou sem perceber

E alucina um dia ver

Aquilo que no coração fez acender

Você me viu

Me sorriu

E perguntou: como assim?

No sorriso incessante...

Inconstante...

Sorriso tímido

Olhar sombrio

E arredio

Que fugia dos meus

Não querendo dar adeus

Que dor é essa?

A qual carrega?

Se olha no espelho

Isso é muito perfeito!

Acalma o anseio

Dessa alma inquieta

Que incessantemente

Rega

Água

Nas flores

Nas dores

És tão preciosa

E tão bonita

No entre olhando

A melodia

Das mais belas

Às mais sinceras

És a música mais singela

Oh, pobre, moça!

És a coroa dessa vida!

És a coisa mais bonita

Bonito olhar e coração

Dá-me aqui a tua mão

Pra eu tirar teu sofrimento

E te dar o meu alento

O teu mundo vi cinzento

No meu abraço generoso

Te cuidarei com mui esforço

A tu, o ser

Dos que já vi

Eu nunca vi

Algum mais

Tão precioso

suellen campel
Enviado por suellen campel em 24/05/2022
Reeditado em 02/06/2022
Código do texto: T7522980
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