Por mais calorosos e sensíveis que sejamos, temos sim que ser frios, muitas vezes

Por mais calorosos e sensíveis que sejamos, temos sim que ser frios, muitas vezes

Não posso dizer que sou totalmente calorosa e sensível

Mas, também não posso dizer que sou totalmente fria

embora a vida tenha me moldado de uma forma que

pelo excesso de um ou de outro...não venha a sofrer

Aliás, se não tivesse o mínimo de calor humano

Nem sensibilidade

Não teria o olhar que me permite olhar o que muita cegueira por aí...

não deixa muita gente boa ver

Por outro lado, a vida, ou mundo, como muitos queiram

Meio que criou ou fortaleceu dentro de mim uma frieza, muitas vezes, quase gélida

Muitas vezes, sobre-humana...

Que me dá a objetividade e senso critico, pragmático e analítico que preciso para poder viver

Sim, esse espírito, que muitos podem até alegar ser cortante,

Dilacerante

Mas, muitas vezes, extremamente necessário

Para fazermos, como toda perfeição...o que temos que fazer

Com isso, podemos até parecer sei lá o quê

Até para os tempos de outrora

Mas, é com isso que podemos não somente enfrentar

Tantas crises emergenciais que se apresentam

Mas, também, ganhar o que estávamos outrora por um triz de perder

Enfim, nada contra sermos calorosos e sensíveis

Quando e com quem tivermos que ser

Mas, em outros momentos e com outras pessoas...

Humm...temos que colocar nossa armadura de gélidos mesmo, querendo ou não...

Para as soluções para tantos problemas do mundo encontrar

E tantas batalhas a nível individual e coletivo...vencer

Renata Vieira Machado
Enviado por Renata Vieira Machado em 23/05/2022
Reeditado em 23/05/2022
Código do texto: T7522160
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